quinta-feira, 26 de março de 2009

Publicação dos eurodeputados socialistas portugueses

Já saiu a edição mensal, de Março, dos eurodeputados socialistas portugueses. No editorial, a cargo da Presidente da Delegação Portuguesa, Edite Estrela, destaque para o cabeça-de-lista do PS ao Parlamento Europeu, nas eleições do próximo dia 7 de Junho, Vital Moreira.


O nosso Secretário-Geral escolheu e o Congresso em uníssono aplaudiu de pé. Vital Moreira é o cabeça de lista do PS às eleições europeias. Foi uma surpresa para toda a gente. Agradável para os socialistas e incómoda para os nossos adversários. Uma boa escolha, portanto. Em geral, a comunicação social reagiu bem à surpresa e realçou a excelência do candidato. É certo que alguns comentadores, politicamente enfeudados, tudo fizeram para lhe apontar defeito. O costume! Já estamos habituados e sabemos que tanto afã só confirma o acerto da opção.
Os portugueses conhecem bem o Prof. Vital Moreira. Ele é uma das figuras mais prestigiadas da Academia Portuguesa com grande reconhecimento público. O seu valor intelectual é
incontestável. E é reconhecida a qualidade da sua intervenção política.
Como disse José Sócrates, sábado passado em Coimbra, a quando da apresentação pública do candidato, o PS começou cedo e começou bem. Começou cedo, porque o PS valoriza as eleições europeias. As eleições de 7 de Junho são as mais importantes da história do Parlamento Europeu (PE). Porque ocorrem num contexto internacional particularmente difícil e porque os poderes
do PE são cada vez maiores. Actualmente, há uma maioria de direita no PE. E também na Comissão Europeia e no Conselho Europeu. Se houvesse uma maioria de esquerda, socialista, as
políticas europeias seriam diferentes e as consequências da crise financeira não seriam tão profundas.
O PS começou bem, porque soube escolher um candidato de reconhecido mérito, que vai
contribuir para elevar o debate e dignificar a política.
Além disso, os portugueses sabem que o PS é o partido da Europa. Foi por iniciativa de Mário Soares que aderimos à CEE.
Foi com António Guterres que Portugal aderiu ao euro e legou à Europa a Estratégia de Lisboa. Foi com José Sócrates que se aprovou o Tratado de Lisboa que coloca os cidadãos no centro do projecto europeu.
Por outro lado, os portugueses sabem que as forças políticas à esquerda do PS nunca contribuíram para a construção do projecto europeu. São mesmo contra o projecto europeu. E os
partidos da direita foram (já não são?) os grandes defensores da doutrina neoliberal que está na origem dos problemas nos mercados financeiros internacionais que conduziram a esta grave
crise económica de consequências imprevisíveis.
O Mundo precisa de uma União Europeia (UE) coesa e prestigiada na cena internacional, que
lidere o combate aos desafios globais e a resolução dos conflitos mundiais. Os europeus precisam
de uma UE forte e unida, capaz de enfrentar os desafios da globalização e de ultrapassar a crise financeira e económica.
Os cidadãos europeus em geral e os portugueses em especial sabem que não há futuro para eles fora da UE. E também perceberam que o euro desempenhou um papel fundamental na
protecção das economias europeias. A moeda única protegeu alguns Estados-membros de males maiores e até da bancarrota.
Os exemplos da Irlanda e da Islândia mostraram aos cidadãos europeus a diferença entre pertencer ou não à União. Por isso, nunca como nestas eleições europeias é preciso combater a abstenção e eleger representantes que defendam o projecto europeu e promovam a sustentabilidade económica, a sustentabilidade social e a sustentabilidade ambiental no seio da UE. No meio das dificuldades, é preciso saber aproveitar as oportunidades.

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